sexta-feira, 8 de março de 2013

Florestas Exóticas


As Matas brasileiras estiveram em estado de dormência, passando por um longo período de ausência de postagem. Mas isso não significa que ela estava ausente, muito pelo contrário nesse período de latência, apenas serviu para busca de inspirações..tantas coisas boas aconteceram, tantas paisagens, trilheiros passaram por ela e deixaram um pouco de inspiração para seguir novamente no compartilhamento e troca de informações, sugestões e tudo o que esse espaço permitir... Desejo que aproveitem esse espaço de leitura para um momento de reflexão e crítica do tema!
Resolvi aflorar o tema Espécies Exóticas especialmente porque estou dando continuidade a uma  pesquisa com a espécie a jaqueira - Artocarpus heterophyllus na Ilha Grande - RJ.

A ECO 92, realizada no Rio de Janeiro foi marcada pela Convenção da Diversidade Biológica um documento de comum acordo entre 180 países que se comprometeram a realizar ações para a conservação da biodiversidade biológica, e nele veio atrelado o conceito que diz: "Uma espécie é considerada exótica quando situada em um local diferente ao de sua distribuição natural por causa de introdução mediada, voluntária ou involuntariamente, por ações humanas. E ressalta-se que ela é exótica dependendo do ponto de vista (referencial) que pode ser regional ou nacional...

Se a espécie exótica consegue se reproduzir e gerar descendentes férteis, expandindo a sua distribuição no novo hábitat e ameaçando a diversidade biológica nativa, ela passa a ser considerada uma espécie exótica invasora (CEPAN, 2009). É daí que surge o polêmico problema ambiental, se destacamos que a espécie chegou em determinado local por ajuda (voluntária ou involuntária) humana e ali já conseguiu ultrapassar diversas barreiras o suficiente para gerar indivíduos férteis e dependendo do grau de invasão, interferir na cadeia trófica da fauna e flora... existem opiniões que dizem: " deixa pra lá" é a natureza, deixa ela fazer o papel dela...ela vai se ajustar... Ela tanto se ajusta que no caso da jaqueira na Ilha Grande suas características químicas e espacionais a fazem ser a única espécie presentes em muitos trechos da ilha, e dessa forma, um prato cheio para muitas espécies da fauna que deixam de se alimentar e realizar o papel de dispersor das espécies da floresta nativa e apreciam a jaca, comem e forrageiam "com muito gosto" as áreas onde existem grande abundância de jaca. Dessa forma, aumenta e ajuda a jaqueira na sua perpetuação...
E, assim a cadeia trófica da fauna vai se modificando ao longo do tema ( fato este que necessita de pesquisadores com "faro" de cientistas, disposição para apreciar as interações interespecífica -http://pt.scribd.com/doc/2885324/Relacoes-bioticas-Relacoes-intra-e-interespecifica.... e provar cientificamente por hipóteses comprovadas as interferências no ecossistema.


Se uma linha de pensadores apoia que deixemos que a natureza se equilibra, a outra AGE e busca o controle dessas espécies exóticas invasoras (que ressalta-se comprovadamente é provado que interfere na biodiversidade local e necessita de intervenção humana buscando resgatar as características de diversidade local) , ou seja, em outras palavras " tentar consertar o que o homem interferiu e colocou ali uma espécie que "não deveria" . E dessa forma, busca-se programas de controle em áreas naturais, especialmente em unidades de conservação (ZILLER,2006). Esses programas podem envolver métodos de controle mecânico, químico e biológico, que podem ser utilizados independentemente ou associados, como ocorre na maioria dos casos (WITTENBERG; COCK, 2001) - http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/biotemas/article/view/2175-7925.2013v26n1p69/24070

 
No mundo o tema de espécie exótica (invasora*) tornou-se academicamente mais popular nas últimas décadas, aumentando a quantidade de pesquisadores, de controvérsias e de debates em diversos periódicos e artigos científicos, o que colaborou para a criação de periódico específico como o Biological Invasions. 


No Brasil, a iniciativa pioneira para compilar as informações sobre as espécies que comprometem a saúde humana e biodiversidade da fauna e flora ocorreu em 2003 a partir do lançamento do edital lançado pelo Ministério do Meio Ambiente e deu origem a publicação lançada em 2006 http://www.mma.gov.br/estruturas/174/_publicacao/174_publicacao17092009113400.pdf.

Atualmente, em terras brasileiras foram observados processos de invasão
biológica em todos os biomas (ZENNI; ZILLER, 2011). Na Base de Dados I3N Brasil, há registro de invasão em 324 unidades de conservação em nível federal, estadual e municipal, somando 1.684 ocorrências. Entre animais, plantas e microorganismos são 348 espécies registradas como invasoras para o Brasil em 12.971 localidades de
ocorrência (INSTITUTO HÓRUS, 2012).

Apesar do grande desafio diagnosticado a referência foi de grande importância para mensurar as iniciativas e pesquisas desse âmbito. E, como desafio o tema exige iniciativas na educação, pesquisas e ações práticas governamental, não-governamental e especialmente consciência do cidadão a respeito da gravidade da situação, pensando que vivemos não apenas para nossa geração mas pensando nas próximas gerações, ainda que sejam daqui a 200 anos. E, pensar na importância do ambiente equilibrado tambem não apenas para a saúde humana mas para a BIOdiversidade da fauna e flora.

O tema é muito relevante poderia aqui escrever diversas questões do tema, mas deixo esse post como introdução, posteriormente a medida que irei estudar mais sobre o tema irei postando... e pra quem interessar estou super aberta a discussões e informações a respeito do tema, abaixo reuni diversos textos a respeito.

Fonte:

- Links citados no texto

Sugestões de leitura

- Instituto Horús - http://www.institutohorus.org.br/

-Manual de controle da The Nature Conservancy http://www.invasive.org/gist/handbook.html

- Caderno de Recuperação de MataCiliar de São Paulo, edição: Controle de espécie exótica invasora
http://www.sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam2/Repositorio/222/Documentos/Cadernos_Mata_Ciliar_3_Especies_Invasoras.pdf
- Resolução CONABIO n.o 5 de 21 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Estratégia Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras

- Espécies exóticas invasoras em unidades de conservação do Estado do Rio de Janeiro – Estudo de população de jaqueiras (Artocarpus heterophyllus L.) no Parque Natural Municipal do Mendanha. Etiene Renata da Silva Gomes- 2007
http://www.if.ufrrj.br/pgcaf/pdfdt/Dissertacao%20Etiene.pdf

- Abrangência Funcional da Fauna Edáfica em um Ecossistema de Floresta Atlântica com ocorrência de Artocarpus heteropyyllus L.(Jaqueira) Ilha Grande, RJ
Machado, D.L.; Pereira, G.H.A.;Pereira, M.G.; Santos, L.L.
http://www.simposio.izma.org.br/pdf_2010/33.pdf







 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

VERDEJAR - A SERRA MISERICÓRDIA CLAMA PELA SUA LUTA


O VERDEJAR é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos de caráter socioambiental e cultura. O grupo é formado por moradores de favelas e bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro que em parceria com ambientalistas que que sentem a necessidade de um trabalho sério e efetivo na última área verde daquela região. Inspirados na figura de um grande exemplo de cidadão carioca - Luiz Poeta, se organizaram e uniram forças para desenvolver ações e projetos de preservação e recuperação ambiental no maçiço da Serra da Misericórdia.
Os integrantes e colaboradores da instituição trabalham há mais de 15 anos na região. Para descrever as centenas de ações realizadas por eles iria ultrapassar o limite desse post e ainda assim não atingiria o seu objetivo, mas é fato que as ações estão voltadas para o desenho de uma sustentabilidade urbana adaptada para os esquecidos do governo nas diferentes escalas, que são as favelas cariocas onde a comunidade é alvo apenas de visita em época eleitoral ou anúncio de uma área de influência da violência. Mas a violência, não é focada apenas na força bruta, no significado da palavra é " algo que viola". E, deste vez a LIGTH (empresa de fornecimento de energia do estado do Rio de Janeiro) foi quem violou o direito de aviso e reconhecimento do trabalho social dos que fazem esse espaço.
 Antes de ontem, dia 06/08 a LIGTH chegou de surpresa com o oficial de justiça para desapropriação da sede da ONG. Vale ressaltar que a área é pública e foi vendida para a empresa estrangeira, que ESTAVA EM NEGOCIAÇÃO com CHEGOU DE SURPRESA COM OFICIAL DE JUSTIÇA PARA DESINTEGRAÇÃO DE POSSE E DEMOLIÇÃO DA SEDE DA INSTITUIÇÃO! O documento de posse do oficial estava com número do endereço errado e não havia tido aviso prévio, ou seja, a forma que estava acontecendo a desapropriação era ilegal. E, mesmo assim a polícia foi chamada para que fosse feita a demolição da sede, a favor dos errados.
Além disso, o que mais chama a atenção é o fato de que  empresa havia tentado a assinatura de um juiz do RJ para aprovar a desapropriação da área, e no documento constava que a área era desocupada, entretanto o juiz negou e informou no processo que iria enviar um fiscal para averiguação. Contudo, a Ligth  manobrou juridicamente e conseguiu a assinatura de uma desembargadora que aprovou a demolição, sem visita prévia para perícia e sem aviso.
Ontem 07/08, coordenadores da VERDEJAR se reuniram com integrantes do governo do estado na Secretaria do Meio Ambiente do RJ e tiveram a notícia que terão acesso ao processo de desintegração de posse da Ligth, especialmente ao relatório que instrumentaliza a justiça a averiguar as citações errôneas de ausência de ocupação do terreno. Sendo assim, acompanhar o processo e entrar com pedidos cabíveis.
Outro importante ganho, foi (finalmente) a criação de um grupo gestor da Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana da Serra da Misericórdia (APARU), criada em 2000 com o objetivo de recuperar o importante remanescente florestal em área urbana.
O Matas Brasileiras irá acompanhar todo o processo que agora se inicia...e, só para lembrar aos seus leitores que a maquiagem verde das empresas é um fato, não se ilude! A energia que move a Ligth é a mesma que move as manobras jurídicas dentro das instituições que deveriam proteger o cidadão!
Essa LUTA é de todos nós..a Serra clama por MISERICÓRDIA e quem SOCORRE é o VERDEJAR!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dendrofobia - um mal cada vez mais presente

Em meio a tantas moléstias presentes na vida urbana, confesso que  recentemente tomei conhecimento de mais uma - a dendrofobia. Sabia que muitas pessoas o possuem, mas nunca pensei em correlacionar os termos.
 Em breve consulta no dicionário é descrita como "horror à árvores", mas com a desculpa de que ela torna-se uma ameaça da vida humana que compartilha o ambiente. E o que a difere das outras fobias, é que a maioria os dendrófobos não tem a consciência dessa oposição à árvore, ao menos, nunca vi ninguém dizer que não gosta de tal árvore, simplesmente por " nada", sempre quer colocar a culpa em alguma característica que o incomoda.
As desculpas para retirar a árvore do seu caminho são justificada, como: sujeira na rua (simplesmente pela queda das folhas na calçada) e a solução ou é suprimir o indivíduo que incomoda ou passar cimento ao redor do tronco, permitindo assim área mais disponível para o que bem entender..E, algumas vezes sem motivo e conhecimento algum algum afirmar que a árvore ameaça a vida humana ali presente.
Recentemente, tomei conhecimento de um fato bem curioso de dendrofobia que ocorre há 11 anos em Camaragibe, município pertencente a região metropolitana do Recife, onde uma família  luta para manter em pé uma árvore de Araucaria excelsa, conhecida popularmente como árvore de natal, o qual foi plantada pela família e está dentro dos limites de sua residência.
Segundo, a professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco a Engº Florestal Isabelle Meunier desde 2001, "pareceres dos órgãos de licenciamento (IBAMA e CPRH) apontaram a saúde e segurança do indivíduo. Contudo, solicitaram que a árvore passasse por vistorias periódicas, para avaliar possíveis problemas sanitários passasse a surgir no período". Passados 7 anos, em vistoria feita pela profissional a árvore encontrava-se em pleno desenvolvimento, em situação melhor do que a encontrada em vistoria realizada em 2001.
A árvore tem 40 anos de idade e os seus vizinhos simplesmente insistem em contatos com órgãos para a retirada da casa de quem a plantou, alegando perigo à vida humana, pela presença de ventos na área.
O também professor do deptº de Ciência Florestal da UFRPE , Dr. Tadeu Jankovski afirma que a espécie tem muita pouca possibilidade de cair pela ação do vento, pois apesar do fuste alto, os galhos são curtos e as folhas são permeáveis ao vento, a consequência dessas características é que o indivíduo não recebe ação forte pelo vento além do peso dos galhos serem pequenos".


É simplesmente, fruto de não ter nada o que cultivar... e vai se importar com o cultivo do próximo!
Aí que entra o poder da educação ambiental, onde precisamos, necessitamos trabalhar com a nova geração a importância das árvores, mas não só na teoria, levá-los à prática a beleza e a sutileza de abraçá-las, de saborear seus frutos..e simplesmente respeitá-las!

sábado, 28 de julho de 2012

Uma pessoa que tem o verde intrínseco - incomoda muitos

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1127593-marina-silva-sempre-teve-boas-relacoes-com-a-aristocracia-europeia-diz-aldo.shtml
A presença de nossa guerreira, Marina Silva incomoda a comissão brasileira em Londres. Simplesmente porque eles não sabiam da sua presença, e muito menos que ela levaria a bandeira representando o Brasil. E, por acaso desde quando importa a agenda de Maria Silva para o governo brasileiro?
Se a comissão organizadora das Olimpiadas cometeu uma "garfe" com a troca da bandeira das Coréias, dessa vez merece aplausos pela escolha de um cidadão que realmente merece colocar a bandeira para o alto!!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Quebradeiras de coco - mulheres guerreiras


Presente nos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará a palmeira babaçu - Atalea speciosa Mart. ex. Spreng, é parte integrante da tradição passada de geração em geração nas famílias rurais desses estados. Desde cedo as meninas aprendem um ofício que é passado de mãe para filha: o de quebradeira de coco. A palmeira é uma das oleaginosas mais importantes do mundo, exerce função social importante, reunindo 400 mil quebradeiras de coco babaçu nos quatro estados produtores, principalmente Maranhão e Piauí, concentradores da produção. No caso do Maranhão, que detém um dos menores índices de desenvolvimento humano do País, essa atividade representa 50% da agricultura familiar. Mas a história dessas quebradeiras muda de acordo com o município em que vivem, já que nem todos adotaram a Lei do Babaçu Livre , o qual permite a entrada e coleta dos coco mesmo em terras privadas. E, mesmo após a aprovação estas guerreiras se deparam com cercas elétricas nas áreas particulares, jagunços das fazendas com armas brancas ou fortemente armados impedindo a entrada das trabalhadoras em áreas onde a lei já permitiu.

Análise de "casos e casos"

Apenas 10 mil quebradeiras se beneficiam com a lei e, se existisse uma escala para medir o nível de desenvolvimento das quebradeiras no processo de exploração do babaçu no Maranhão, as mulheres da região do Médio Mearim, mais precisamente no município de Ludovico, são as que ocupam o topo, pois além do benefício da Lei, foram assessoradas e apoiadas pela Unicef e hoje possuem uma cooperativa que fabrica sabonetes e óleo. Esses produtos são exportados para Europa e Estados Unidos. Uma rede de cosméticos inglesa, conhecida por valorizar as comunidades nativas e na preservação da natureza, paga pelos produtos o dobro do preço.


Em Timbiras a situação das quebradeiras é distinta, não existe cooperativa, nem apoio internacional. No entanto, aos poucos, com a assessoria do Instituto de Apoio Comunitário, as famílias passaram a otimizar a produção de carvão feito com a casca do coco de babaçu. Paulo Roberto, membro do Instituto conta que antes o carvão era feito de forma ainda mais artesanal e que somente quatro latas do produto eram produzidas por forno. "Fazia-se um buraco no chão e ali colocava-se a casca para queimar. Com o novo método criamos fornos desenvolvidos a partir de ninhos de cupim feitos de barro. Esse material é misturado com areia e tem a consistência de cimento. Fazemos fornos altos e a produção agora é de 35 latas", explica.


Quebradeiras organizadas


Os conflitos pela posse de terra na região do município de Timbiras desde meados dos anos 80, onde os moradores tinham suas casas destruídas a mando dos coronéis e pela própria polícia, deu origem a uma organização: a Associação de Assentados (Assema). A entidade auxilia a cooperativa de quebradeiras de coco de babaçu e aos poucos tem mobilizado os pequenos agricultores para um sistema agroextrativista voltado para a sustentabilidade. Combinando agricultura orgânica e extrativismo no mesmo pedaço de terra.


O Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu(MIQCB) organizou em dezembro último o 5º Encontro do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu, com a presença de castanheiras do Peru e Bolívia, onde houve intenso intercâmbio de projetos e ideias.



Reflexão

Como essas mulheres são guerreiras!!Tanto as que conseguiram se organizar e valorizar os seus produtos chegando a exportar (claro que com a ajuda de instituições não-governamentais) e mais ainda as que conseguem literalmente sobreviver no sistema, com suas batalhas na busca de palmeiras, na quebradeira do coco e na vitória de sua comercialização.

E, só tenho a ressaltar que necessitamos de instituições locais e externas que atentem para os grupos que por falta de apoio de pessoas dedicadas seja da sociedade civil ou da mobilidade dos órgãos de extensão estaduais, atentem para o seu papel extensionista e se juntem a grupos como a Assema e fortaleçam a classe dessas guerreiras.

Ameaça

A palmeira é protegida de corte no estado do Maranhão, em caso de pedido de supressão no órgão de licenciamento ambiental do estado, o analista ambiental do órgão analisava as condições do empreendimento e estabelecia a compensação ambiental para a supressão requerida.
Na capital maranhense a proibição foi alterada depois do dia 13 de maio do ano passado, a Assembleia do Maranhão aprovou a lei nº 9.370. A norma permitia a derrubada de babaçuais na zona urbana de São Luís, facilitando a construção de novos empreendimentos residenciais e comerciais na capital maranhense, a cidade é cercada por parques onde a presença da palmeira ainda é considerável.

No final do ano passado, blogs e jornais locais afirmaram que vários deputados receberam dinheiro do Sindicato das Empresas de Construção Civil (Sinduscon) após essa mudança na legislação ambiental do Estado. Um dos maiores beneficiados teria sido o deputado estadual Stênio Rezende (PMDB), autor da lei 9.370. Somente o pemedebista teria recebido R$ 1,5 milhões de empreiteiros.
A corregedoria da Assembleia Legislativa iniciou uma investigação a pedido do deputado estadual Carlos Alberto Milhomen (PMDB), mas o corregedor, Jota Pinto (PR), disse que não havia elementos suficientes para levar a apuração à frente. Deputados da base de oposição e também da base do governo Roseana Sarney (PMDB) na casa não concordaram com a conclusão da corregedoria da casa. O pedido de investigação causou mal estar principalmente na base aliada e, após as denúncias, os deputados maranhenses revogaram, por 28 votos a quatro, a lei 9.370.
Em dezembro, os promotores Marcos Valentim Pinheiro Paixão e João Leonardo Sousa Pires Leal, respectivamente titulares da 22ª e 23ª Promotorias de Justiça Especializadas na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, encaminharam ofício à Assembleia buscando maiores informações sobre as investigações internas na Assembleia....A novela do judiciário continua. E, para a supressão das palmeiras no estado volta a seguir o procedimento anterior à lei, ou seja, proibida com com a "brecha" de ser suprimida com imposição de compensação pelo analista da secretaria estadual do meio ambiente.



Fonte: Adital: Notícias da América Latina e Caribe ; EcoDebate - Cidadania & Meio Ambiente com adaptações; Último Segundo - IG.
Vídeo: Momento ambiental - Não deixe de ver.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O código Florestal - uma ameaça legalizada está batendo na porta

Não poderia estreiar este novo projeto com uma notícia e esclarecimentos a respeito da mudança na lei nº 4.771/1965 -  Código Florestal Brasileiro. 
Essa mudança está em fase de negociação em Brasília, rodeada de interesses pessoais, nacionais e até internacionais... a governança mundial está de olho na exploração dos nossos recursos. 

A Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 571/12, que altera o novo Código Florestal, aprovou no último dia 12 de julho– com 16 votos a favor e 4 abstenções – o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC).
Em seu parecer, o relator da matéria manteve a exigência de recuperação de 20 metros de mata ciliar nas médias propriedades, de 4 a 10 módulos fiscais (unidade expressa em hectare, fixada para cada município) não podendo ocupar mais do que 25% da propriedade.
Conforme análise de Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, “todas as emendas acatadas pelo relator da Medida, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), foram de autoria dos ruralistas e prejudicam muito o meio ambiente”.
Os 343 destaques serão analisados no dia 7 de agosto, após o recesso parlamentar. Em seguida, a MP segue para os Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Fonte: SOS Mata Atlântica com adaptações.

Sejam bem-vindos!

Sejam muito bem - vindos a este espaço virtual que tem como proposta um caráter informativo e educacional em uma visão holística do ambiente.
Apesar do título " matas brasileiras" restringir às florestas - Estarei sempre buscando notícias que tragam à tona denúncias e realidade que acontecem em nosso meio, e que de forma direta ou indireta atinge não só as matas brasileiras, mas as mundiais e não só os pulmões e qualidade de vida dos brasileiros mas de todos os seres que habitam neste mundo. E lógico mostrando que, apesar de muitos acharem que "tudo só piora" a cada dia, existem verdadeiros cidadãos e comunidades que fazem jus a viver na Terra, simplesmente por buscar viver em harmonia com o próximo e com os elementos. Uma eterna busca...