segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dendrofobia - um mal cada vez mais presente

Em meio a tantas moléstias presentes na vida urbana, confesso que  recentemente tomei conhecimento de mais uma - a dendrofobia. Sabia que muitas pessoas o possuem, mas nunca pensei em correlacionar os termos.
 Em breve consulta no dicionário é descrita como "horror à árvores", mas com a desculpa de que ela torna-se uma ameaça da vida humana que compartilha o ambiente. E o que a difere das outras fobias, é que a maioria os dendrófobos não tem a consciência dessa oposição à árvore, ao menos, nunca vi ninguém dizer que não gosta de tal árvore, simplesmente por " nada", sempre quer colocar a culpa em alguma característica que o incomoda.
As desculpas para retirar a árvore do seu caminho são justificada, como: sujeira na rua (simplesmente pela queda das folhas na calçada) e a solução ou é suprimir o indivíduo que incomoda ou passar cimento ao redor do tronco, permitindo assim área mais disponível para o que bem entender..E, algumas vezes sem motivo e conhecimento algum algum afirmar que a árvore ameaça a vida humana ali presente.
Recentemente, tomei conhecimento de um fato bem curioso de dendrofobia que ocorre há 11 anos em Camaragibe, município pertencente a região metropolitana do Recife, onde uma família  luta para manter em pé uma árvore de Araucaria excelsa, conhecida popularmente como árvore de natal, o qual foi plantada pela família e está dentro dos limites de sua residência.
Segundo, a professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco a Engº Florestal Isabelle Meunier desde 2001, "pareceres dos órgãos de licenciamento (IBAMA e CPRH) apontaram a saúde e segurança do indivíduo. Contudo, solicitaram que a árvore passasse por vistorias periódicas, para avaliar possíveis problemas sanitários passasse a surgir no período". Passados 7 anos, em vistoria feita pela profissional a árvore encontrava-se em pleno desenvolvimento, em situação melhor do que a encontrada em vistoria realizada em 2001.
A árvore tem 40 anos de idade e os seus vizinhos simplesmente insistem em contatos com órgãos para a retirada da casa de quem a plantou, alegando perigo à vida humana, pela presença de ventos na área.
O também professor do deptº de Ciência Florestal da UFRPE , Dr. Tadeu Jankovski afirma que a espécie tem muita pouca possibilidade de cair pela ação do vento, pois apesar do fuste alto, os galhos são curtos e as folhas são permeáveis ao vento, a consequência dessas características é que o indivíduo não recebe ação forte pelo vento além do peso dos galhos serem pequenos".


É simplesmente, fruto de não ter nada o que cultivar... e vai se importar com o cultivo do próximo!
Aí que entra o poder da educação ambiental, onde precisamos, necessitamos trabalhar com a nova geração a importância das árvores, mas não só na teoria, levá-los à prática a beleza e a sutileza de abraçá-las, de saborear seus frutos..e simplesmente respeitá-las!

Um comentário:

  1. A ignorância esta presente em todos os lugares.
    Gostei do post, sempre quis dar um nome as pessoas que inventam qualquer desculpa para não querer as árvores por perto. Agora sei como chamá-las.

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